quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Histórias das Mulheres Guerreiras - Compartilhando


Escavações arqueológicas confirmam a descoberta de fósseis de mulheres armadas para a guerra nas planícies junto ao Mar Negro. Nas 150 tumbas do século 5° aC encontradas em 1996 nas estepes do sudeste da Rússia, perto de Pokrovka, encontram-se enterradas guerreiras com armamento militar. Na Turquia, a mesma coisa, com a primeira identificação anatômica. Na Grécia, “o” maior herói nacional é rainha amazona que venceu o Império Islâmico.

Nos anos 90, foi finalmente esclarecido o mais fascinante arquétipo mitológico da História humana: o mito das Amazonas, baseado em lendas cultivadas de um fato real: a antiga sociedade matriarcal da Ilha de Creta, descrita nas ruínas e nos registros do alfabeto grego primitivo há mais de 5 mil anos atrás, berço da Grécia e da civilização ocidental desde 3200 antes de Cristo.

Antes de povoarem o continente com os deuses do Olimpo, os gregos cretenses cultuavam a Deusa-Mãe Terra (Gaia) e construíram uma civilização incrivelmente avançada para a época, com as famílias centradas a partir da autoridade da mãe. Lembre-se que então os povos eram pagãos, com religiões politeístas de deuses e deusas igualmente poderosos. Na mitologia grega, das Amazonas, diziam serem filhas da ninfa Harmônia com o próprio Deus da Guerra, Ares. Seriam protegidas também pela Deusa da Caça, Ártemis. De acordo com Diodoro, a rainha amazona Myrine liderou-as na vitória contra os Atlantes, Líbios e Górgonas, quando “o povo dos deuses” tentou conquistar o mundo. Na vida real, a História e seus acontecimentos foram mais nebulosos, e só a arqueologia avançada, com exames de DNA e carbono 14, conseguiu lançar luz aos fatos de maneira definitiva e comprovando as origens factuais por trás do “mito”.

A única dúvida que ainda restava sobre a veracidade dos relatos de uma sociedade assim era de ordem prática: como seria possível uma mulher ter força para manejar o peso da armadura, capacete, armas e escudo de metal? A resposta está na própria época em que surgiram, milhares de anos antes de Cristo: na Era do Bronze, o metal a carregar era bem mais leve. “As Amazonas só podiam ter surgido mesmo na Idade do Bronze.” avaliam os historiadores. Embora algumas tribos tenham sobrevivido até o final do Império Romano, foi principalmente entre 3200 e 1000 a.C que sua cultura floresceu e se expandiu pelas nações do Mar Mediterrâneo, sendo até aceito como “um fato da vida” mesmo pelos machistas mais inconformados. Por quê justo naquela época? Porque foi esse o período dos primeiros impérios comerciais do Mar Mediterrâneo, cujas nações experimentaram um fluxo intenso de trocas e contatos entre diversas culturas, considerada a primeira globalização.


Um cartógrafo desconhecido, no mapa de 1770, localiza a “Terra das Amazonas” no norte da Sarmatia Asiática, baseado em pesquisas na literatura grega.

Todos os arqueólogos e historiadores são unânimes em apontar a origem da tribo das mulheres guerreiras: a grande Cordilheira do Cáucaso, próxima ao Mar Negro, região hoje ocupada por Armênia, Azerbaijão, Geórgia e Rússia. Há 5500 anos, aquela área ainda era um celeiro (melhor seria dizer vespeiro) de povos bárbaros tão primitivos que nem tinham língua escrita, vivendo principalmente da caça, em culturas matriarcais, como as amazonas e os gargareans, sauromatians, albanianos e cimérios (sim, o povo de Conan).
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Havia tribos com soldados homens e mulheres. Os antigos gregos chamavam o sistema deles de “Ginocracia” (sociedade regida por mulheres). Inventaram o machado de guerra, arma de dois gumes iguais, usado por homens e mulheres, representando a igualdade. O historiador grego Heródoto (485 – 420 a.C.) já descrevia aquela região como “inóspita, intimidadora, sempre á sombra das montanhas e com o céu coberto de neblina; um lugar onde só os extremamente fortes sobrevivem; uma terra de trevas e noite eterna.”Não admira que todos os outros povos fugissem de lá. Mesmo os terríveis citas, que povoaram a Europa com a cultura celta, ficaram chocados com a violência daquele povo, inclusive das mulheres, chamando-as de oiorpata (“chacinadoras de homens”). Enquanto os gregos fizeram menos cultos ao Deus da Guerra, os arianos do Cáucaso pareciam cultuar Ares como um deus central, tornando-se Mestres da Guerra praticamente invencíveis, com a fama de serem guerreiros perfeitos. Eram descritos como indivíduos “de pele branca como a neve, olhos grandes bem abertos, de mulheres e homens altos, medindo entre 1,80 m e 2,20 metros, extremamente musculosos, arrogantes, corajosos e muito, muito fortes mesmo”.
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O historiador grego Strabo (64 aC – 23 dC), escreveu em sua Geografia: “Também as Amazonas vivem nas montanhas do Cáucaso. Exercitam até artes marciais. Vivem da agricultura, pesca e caça nas florestas. Essa região é de vastos campos férteis e saudáveis, com jardins de frutas. Os povos daqui rezam para a Terra, o Sol, a Lua e outros astros. (Havia um templo dedicado á Lua.) Elas tinham filhos se encontrando uma vez por ano com os melhores guerreiros vizinhos, os gargareans, uma tribo só de homens. As filhas ficavam com as amazonas, e os meninos eram entregues aos pais.”

O historiador romano Plutarco (46aC-19dC) registrou um contato do general do Império Romano Pompeu em 66 aC: “Nesta batalha, as Amazonas lutaram junto com os bárbaros (Albanianos). Mais tarde, fizeram destemidos ataques surpresa contra as legiões. Logo a maioria dos legionários estavam mortos ou feridos. Por isso, o general Pompeu não conseguiu alcançar o Mar Cáspio e retornou.” Aquela parte do Cáucaso nunca foi conquistada pelo Império Romano. As Amazonas tomaram parte importante na resistência.




Pintura de cena antiga de Baku, no Azerbaijão: “Os Caucasianos Saem Para Caçar”. Note o destaque na destreza da amazona atirando para trás e acertando (duas vezes) um veado em movimento.


ARTE MINÓICA – Uma mulher agarrando um touro pelos chifres. Um dos esportes mais populares na Era de Ouro Minóica.


“Toreador Fresco” – 1400 aC from the East Wing of the Court of the Stone Spout, Knossos. Uma sociedade multiétnica Repare nas mulheres mais altas de pele branca e o homem de pele escura: a origem caucasiana das fêmeas dominantes é ressaltada em muitas pinturas cretenses, como em Cnossos, palácio do rei Minos. Desde a migração das Amazonas para Creta, o desenvolvimento da sociedade deu um salto impressionante.
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Em 3500 aC, alguns desses povos já migravam para o Mar Mediterrâneo: e um deles povoou a Ilha de Creta. Lá se abandonou o nomadismo, plantou-se as bases do Ocidente e a cultura mais refinada floresceu no reino de Minos, com a extraordinária sociedade minóica. Era o paraíso matriarcal. As meninas eram educadas nas mesmas atividades com os rapazes.
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Mulheres também trabalhavam em cada ocupação e negócios com os homens. Eram habilidosas empresárias, industriais, marinheiras, políticas e militares. As jovens participavam até de esportes incrivelmente violentos e perigosos, como boxe, artes marciais e “salto ao touro”. O sacerdócio foi dominado por mulheres.
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Na arte minóica, figuras femininas parecem retratadas acima de seu pares masculinos, pintadas duas vezes maiores que eles. Os machos aparecem pequenos em escala, comparados à fêmea dominante. O Período Minóico também parece sugerir que os homens quase nunca estavam empenhados em guerras. Deusas e mulheres são retratadas em afrescos empunhando espadas e machados de batalha de dois gumes iguais, símbolo da igualdade.Foram 2000 anos de uma civilização brilhante, num período que foi chamado de Era de Ouro da Antiguidade Clássica. Com a invasão da Ilha de Creta pelo império patriarcal micênico a partir de 1200 a.C, essa civilização se mesclou a outras culturas, dando origem á Grécia. Quando houve o choque da cultura patriarcal de Micenas com a cultura minóica em Creta, o paraíso acabou e a maldição foi lançada sobre o “novo povo” como uma tragédia grega.

Daí por diante, o dilema do Ocidente seria a posição das mulheres na sociedade, abafando revoltas. Por rejeitarem a família patriarcal, a reação de muitas delas foi se tornarem cada vez mais competitivas até superarem os homens em tudo – principalmente pela força. O resultado foi o surgimento de uma tribo imensa de superfeministas vivendo numa sociedade inteiramente à parte na Grécia.

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Já não eram mais bárbaras primitivas sem língua escrita, mas sim bem organizadas em cidades-Estado espalhadas pelo Mediterrâneo e vindas de colônias gregas. Elas tiveram vários reinos, governando as cidades em volta de ‘gente comum’ dando-lhes proteção, e os 5 maiores foram: em Creta, na Trácia (Grécia), na ilha de Lemnos (no Mar Egeu), no Cáucaso (junto ao Mar Negro), e em sua maior cidade-Estado: Themiscira, banhada pelo rio Térmidon (no Helesponto, Capadócia, Ásia Menor).

Isso afrontou todos os costumes. Ao invadirem Creta, os patriarcalistas não faziam idéia da enormidade das consequências que desencadearam. Eles abriram a caixa de Pandora. Logo vieram os rumores da tribo de enormes mulheres guerreiras numa sociedade inteiramente militarizada. A estadista original que formulou os conceitos dessa sociedade única foi a rainha Hipólita, líder militar carismática que inspirou gerações de moças em todas as nações do Mediterrâneo, européias, africanas ou asiáticas, brancas ou negras, a abandonarem “o mundo do patriarcado” e se juntarem ás suas fileiras. Não admira o choque que elas causaram, mas os que mais se escandalizaram foram os gregos.


Uma das primeiras representações das Amazonas: em cerâmica de Creta, pintura retrata uma soldada sorridente carregando a companheira ferida após a vitória na batalha. Note o detalhe das pernas com os músculos ressaltados. A força física delas sempre impressionou os gregos.


Esta é a mais antiga imagem das Amazonas, num vaso de cerâmica grega cretense datada de 700 aC. No centro, uma amazona prestes a executar um inimigo, puxando-o pelo cabelo para degolá-lo, enquanto o soldado em terror implora piedade. Desde os registros mais remotos, elas sempre foram descritas por essa fama de implacáveis.

Mulheres guerreiras eram uma cultura estrangeira á solta na Grécia. Até pelas diferenças físicas: os gregos da época eram baixinhos de em média 1,65 e as caucasianas guerreiras eram arianas bem altas. Há inúmeras representações de guerras entre amazonas e atenienses, espartanos e micênicos. Os gregos sempre representavam as amazonas como o avesso de tudo o que as mulheres gregas deviam ser: submissas, silenciosas, limitadas ás tarefas do lar. As Amazonas eram apontadas como o mau exemplo completo, a ameaça á ordem, o perigo de uma guerra civil entre os sexos, em que os homens temiam perder tudo.

Analisando friamente, todos os assuntos concernentes às Amazonas seguiam um raciocínio bem lógico e de consequências previsíveis. Assim, sua economia precisava ser auto-suficiente, baseada na caça. Como precisavam fixar-se em poucos lugares, sabiam manter um desenvolvimento sustentável, dando uma lição de preservação ambiental.

Sua política era não declarar guerras desnecessárias, mas apenas revidar ataques ou aliar-se de acordo com as conveniências da época para ganhar mais poder, como quando se aliaram a Tróia. Enquanto sociedade, elas surgiram da idéia de uma nação legítima reconhecida por todos como um refúgio para mulheres precisando de uma alternativa de vida. Vem daí a aura de libertárias. Também precisavam evitar qualquer dissidência e rachas internos.

Por tudo isso, conseguiram manter uma sociedade harmônica e unida. Não admira que a mítica mãe da primeira Amazona seria a ninfa Harmônia, filha de Ares e Afrodite. Elas conseguiram conciliar a guerra externa com a paz interna. Daí que a igualdade total entre as amazonas seria uma utopia pela metade.

A vida entre as Amazonas era a de uma colméia que nem era matriarcal, mas unissexual. Isso gerou toda uma sociedade de uma única classe social, com uma rainha-abelha-general e sua corte de milhares de soldadas. Tamanha homogeneidade chegou a ser considerada nas lendas como uma raça á parte para os gregos. Na vida real, em 1100aC, já havia amazonas de várias origens étnicas, que tornaram-se uma cultura á parte.


Amazona africana – ao fim da Idade do Bronze, as mulheres guerreiras já eram mais do que uma tribo bárbara caucasiana e se tornaram uma cultura multiétnica espalhando-se pelas nações mediterrâneas. A arqueologia comprovou que a cultura matriarcal dos bérberes venceu o proselitismo do Islã, mesclando-se na exceção de muçulmanismo moderado do Marrocos. Eis a origem da modernização islâmica marroquina – dos mouros que ocuparam a Península Ibérica na Idade Média e criaram o caso único de coexistência pacífica entre cristãos, maometanos e judeus.

Neste vaso grego da Idade do Bronze, uma Amazona negra do sul da Líbia.
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Mesmo após a morte, elas ficam em posição de montaria -
FOTO: Escavação arqueológica nas estepes do sudeste da Rússia.
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Há evidências de comunidades amazonas no Egito, Líbia e Itália (na ilha da Sicília, então na Magna Grécia). O que as unia era a rejeição ao patriarcalismo. Foi uma versão violenta dos movimentos de massa da juventude inconformada do século XX. Imagine a contracultura dos movimentos Hippie, Feminista e Punk se unindo numa cultura alternativa guerreira para sobreviverem áqueles tempos brutais.
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Por causa das pressões sociais daquela época efervescente, a cultura amazona tornou-se um fenômeno multicultural do mundo mediterrâneo da Idade do Bronze, com milhares de voluntárias em nações da Europa, África e Ásia. Mulheres e garotas revoltadas com suas famílias, fugindo de casa e aderindo ao novo e revolucionário estilo de vida. A cultura amazona foi o fenômeno social mais revolucionário e radical da História humana.
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Aquelas mulheres eram violentíssimas – disse Heródoto – para vencer os homens no campo de batalha e serem aceitas como uma potência respeitada e temida, precisavam ser as melhores militares possíveis, versadas em todas as artes da guerra desde a infância; e também tinham que usar a arma do medo. Daí cultivavam a fama de serem guerreiras realmente impiedosas, que jamais faziam prisioneiros. No máximo, deixavam apenas uns poucos sobreviventes fugirem para contar a história e espalhar o terror.



Eram combatentes terríveis, fazendo sempre ataques devastadores para assegurar a reputação de invencíveis. Como eram mais leves que os homens, avançavam mais velozes a cavalo, e na maioria das batalhas venciam sem tocar os pés no chão. Foram elas que inventaram o machado de guerra, arma de dois gumes que era o símbolo do poder matriarcal em Creta. Seu grande trunfo era o uso do arco e flecha, e equilibravam-se a galope atirando.Também encontraram uma saída original para as limitações do físico feminino. Para manter a mira certeira mesmo em movimento, com as alças das bainhas de armas cruzando o peito, elas cortariam metade do busto, ficando sem (a) um seio (mazo). Mas a cirurgia de extração do seio (mastectomia) talvez fosse feita por só uma tribo; elas sempre foram representadas com dois seios.A mutilação seria uma lenda dos homens para assustar as moças, desencorajando-as da idéia de largar a família e se juntar ás amazonas. A destreza inigualável de derrotarem exércitos sempre a cavalo tornou o nome delas o equivalente feminino de cavaleiro. Cultuavam o Deus da Guerra e a Deusa da Caça e só atacavam em grandes batalhões de cavalaria avassaladores, trucidando a todos e dominando as noções de estratégia e tática das falanges que seriam usadas mais tarde pelos atenienses e espartanos.

Elas enlouqueciam os homens gregos, inspirando-lhes sentimentos contraditórios de raiva, admiração, medo, inveja e desejo. Rivais insuperáveis, adversárias imbatíveis e fêmeas inconquistáveis, só lhes restava imaginar fantasias. E esse desejo frustrado de conquista era desabafado na mitologia. Com um ou outro grande herói grego vencendo e desposando uma Amazona, mesmo temporariamente, a fantasia coletiva dos gregos era irreprimível. Mesmo Aquiles se apaixonou perdidamente pela rainha Pentesiléia, “de beleza tão divina mesmo após a morte” que ele até matou um companheiro grego que tentou maltratar o corpo dela.
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Os atenienses nos cemitérios militares faziam grandes homenagens póstumas nos túmulos das suas adoradas inimigas.
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“Matadoras de Homens” (Heródoto), naturalmente, o pensamento bélico delas era criado por sua própria situação única e extraordinária de minoria isolada de sexo frágil sob risco de extermínio. Para minimizar os riscos, preferiam se esconder habitando áreas afastadas, mas também impor respeito e temor. Como odiavam o mundo do patriarcado, elas não podiam confiar em ninguém, e nem poderiam se dar ao luxo de escravizar outro povo, como os espartanos. Assim, a doutrina militar das Amazonas era baseada no princípio da concentração máxima de força para assombrar qualquer exército e esmagá-los numa onda avassaladora.Para destruir a moral do adversário, a atitude era semear choque e pavor. Elas sempre semeavam o pânico entre os oponentes que não tivessem nervos de aço ao encará-las. Elas atacavam sempre com força total para aniquilar o inimigo de uma vez, eliminando o risco de qualquer represália futura. Por isso preferiam não fazer prisioneiros, impondo o choque. Também por isso era um procedimento lógico deixar uns poucos sobreviventes escaparem, para espalhar o pavor.O fenômeno que marcou o desaparecimento da sociedade das amazonas também definiu o início da Idade do Ferro: a Guerra de Tróia por volta de 1000 a.C.

Quando os metalúrgicos da Grécia continental aprenderam a dominar a técnica de fundir o ferro – metal mais duro, pesado e resistente – e produzir o aço que rompia os escudos e armas de bronze dos troianos, a então nascente Grécia virou a mesa e destruiu o maior império colonial da Antiga Era.Já se falava sobre as Amazonas lutando ao lado de Tróia na Ilíada de Homero, a primeira narrativa do Ocidente; mas se na época houve registros de sua existência, eles desapareceram na devastadora guerra contra o Império comercial de Tróia, cuja grande capital ficava na porta de entrada do Oriente e controlava as rotas comerciais da Ásia. O evento foi tão cataclísmico que não houve vencedores: todas as civilizações do Mar Mediterrâneo foram varridas do mapa, incluindo a Grécia.A narrativa mítica foi uma maneira de condenar a tragédia apocalíptica da guerra passando a imagem falsa de que os helenos não foram também derrotados, nem o vil motivo real da guerra: disputas econômicas. O cataclismo histórico da Primeira Grande Guerra Mediterrânea destruiu todas as antigas potências, marcou o fim da Idade do Bronze e fez o mundo cosmopolita mediterrâneo retroceder á vida no campo.
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O antigo mundo épico estava morto, enterrado e esquecido; apenas alguns fragmentos seriam preservados na memória dos poemas de Homero, lembrando um mítico mundo heróico. Esse retrocesso do povo grego, com a lenta recuperação do progresso anterior, foi o Período Homérico. Nele, os relatos do mundo que ainda aceitava as amazonas se fundiram ao folclore da mitologia dos deuses.

“E os soldados gregos, horrorizados com aquela cena tão chocante e brutal, atiraram-se ao mar, gritando: Androcthones! (assassinas de homens). Heródoto, “o pai da História”, documentou relatos do século 5° aC, descrevendo um grupo de mulheres que enfrentaram os gregos na Batalha do rio Térmidon, em sua capital Themiscira, na Ásia Menor.

Numa batalha comum da época, morreram apenas 20% dos soldados de cada lado. Surpresos e impressionados com a resistência e bravura das soldadas, os gregos não executaram as prisoneiras, que foram levadas em navios para serem vendidas como escravas. Eles ainda não sabiam com quem estavam lidando. Mas a surpresa maior viria em seguida. Elas se libertaram, tomaram o controle dos navios e mataram todos os soldados gregos a bordo. Relatos dos sobreviventes que se lançaram na água testemunham que o plano delas era exatamente esse: conseguir um transporte por mar.

Mas, sem experiência na Marinha e inábeis para navegar, as mulheres mudaram o curso, seguindo as correntes do Mar Negro até as costas do Cáucaso – exatamente onde as lendas as situam. As Amazonas de Heródoto atingiram o território dos Cítios, um povo nômade guerreiro de arianos do Cáucaso.

Essas mulheres guerreiras, diz Heródoto, casaram com os Cítios e os convenceram a migrar para as planícies de campos da Eurásia, cruzando as altas montanhas do Cáucaso e os desertos do Mar Negro até se fixarem nas estepes russas – o povo russo usa o alfabeto grego.

A primeira evidência direta do status dessas mulheres guerreiras veio com as escavações arqueológicas recentes. Isso se confirmaria em 1996, com a descoberta de tumbas de fósseis de mulheres armadas para a guerra e a caça nas planícies russas. Nas 150 tumbas do século 5° aC encontradas perto de Pokrovka, nas estepes do sudeste da Rússia, encontram-se soldadas enterradas com armamento militar, muitas com ferimentos de batalha. Junto com espelhos, brincos, colares e outros adornos femininos ricamente elaborados em ouro.


“A forma física delas era bem desenvolvida” diz a arqueóloga Jeannine Davis-Kimball. “Nós vemos isso nas tumbas. Nós encontramos mulheres extremamente fortes, realmente poderosas. Todos os indícios apontam que elas desenvolviam muito a musculatura exercendo a caça. O ambiente rústico (rus, em grego) exigia muito esforço para sobreviver nessas condições. E elas eram grandes.

A maioria dos esqueletos adultos têm cerca de 1,90 metro de altura, o que as tornava 25 centímetros mais altas que a média dos homens gregos do Peloponeso na época. Muitas tinham mais de 2 metros. A superioridade física delas nas batalhas devia ser descomunal. Uma explicação para essa diferença física é que elas sempre escolhiam ter filhos com os guerreiros mais altos, grandes e fortes. Assim, as Amazonas também foram a primeira cultura a praticar deliberadamente a eugenia (em grego, seleção genética)”.”Imagine o espanto dos soldados gregos ao deparar com um inimigo assim. Para eles, seria como encontrar um ser mitológico na vida real. Se alguém sobrevivesse para contar a estória, ninguém acreditaria. Só vendo os corpos das guerreiras, quando encontravam, pois elas sempre levavam as soldadas mortas consigo. De qualquer jeito, nenhum homem ia admitir que perdeu uma luta para uma mulher. Natural que acabassem se confundindo com a própria mitologia naquela época esquecida. Para elas, isso era outra vantagem: quanto menos gente acreditasse na existência delas, mais seriam deixadas em paz. Se acreditavam, sabiam que era melhor nunca atacá-las. Uma mulher disposta a sacrificar um seio para aperfeiçoar sua destreza de matar deveria ser de um sangue-frio extremo. Mulheres extraordinárias assim são capazes de qualquer coisa. “Não surpreende que as Amazonas sempre matavam todos os seus inimigos. Devia ser uma cena assustadora. Um ataque delas era sempre um espetáculo devastador de aniquilação. Cada batalha era uma matança das mais chocantes.

Muitos diziam que elas apareciam do nada. Soltavam gritos assustadores, como se estivessem possuídas por demônios, e faziam caretas pavorosas com o olhar ensandecido de sede de sangue, sendo vistas como verdadeiras emissárias da morte.”"Elas asseguravam a vantagem massacrando impiedosamente todos os homens no campo de batalha. Eram de uma determinação inabalável, dispostas a tudo para vencer e conservar sua supremacia. Só assim poderiam impor respeito aos homens e garantir sua segurança: aceitando a preparação para a guerra permanente. O grande paradoxo sobre as Amazonas é que, ao se livrarem dos homens, foram as mulheres que inventaram a sociedade mais militarista de todos os tempos. Só podemos imaginar o impacto que isso teve sobre a construção da psique feminina. Deviam ser as mulheres mais estranhas da História.”
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Durante milhares de anos, as superguerreiras assombraram o mundo com seus feitos. Mesmo vivendo discretamente em reinos isolados, tiveram uma história que se alongou por mais dois milênios após o fim da Idade do Bronze onde reinaram supremas.

Recentemente, restos mortais de guerreiras Amazonas combatendo no exército do Império Romano na Grã-Bretanha foi descoberto num cemitério em Brougham em Cumbria. Até o fim da Idade Média, uma certa ilha do Mar Egeu continuou a abrigá-las. Ironicamente, o ato final da História das Amazonas foi também o de triunfo máximo.Na ilha de Lemnos, governada pela rainha amazona Maroula, que venceu o Império Otomano. Parece uma peça épica grega. Impossível melhor final feliz: as Amazonas venceram os maiores imperialistas – os islâmicos. Elas impuseram a humilhação absoluta aos piores machistas – os muçulmanos. Desde então, a ilha de Lemnos celebra a vitória do maior herói nacional, ou melhor, heroína nacional.

Uma das principais atrações turísticas de Lemnos, a estátua de Maroula, relembra a bem-sucedida defesa da liberdade.

O largo cinturão de aço usado por sua Rainha Hipólita foi o objetivo (pacífico) de um dos 12 Trabalhos de Hércules, com quem ela teria tido uma filha semideusa, Diana: a própria Mulher-Maravilha do dr. Marston. Ele usou esse mito para construir o arquétipo moderno da Super-Mulher do futuro, em equivalência com o Super-Homem do filósofo alemão Friedrich Nietzsche.



No Brasil: a origem do nome do rio Amazonas vem dos primeiros aventureiros brancos, que ficaram estupefatos ao testemunharem a cena de mulheres índias cavalgando animais selvagens com destreza de cavaleiras (amazonas) cujas tribos indígenas eram tão primitivas que nem sequer reproduziam o modelo de família patriarcal, mas matriarcal. E no Xingu, viram a cerimônia anual em honra á Deusa-Mãe Natureza: para lembrar a todos quem manda, as mulheres índias surram todos os homens da aldeia. Nem o cacique escapa.
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FONTE: Ernesto Ribeiro

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Repassando pra vcs, vale muito a pena ser lido


...Sinto tanto por aqueles que nesse momento precisam de uma "cirurgia de alma", a física pode ser resolvida de uma forma ou de outra. Morrer todos um dia vamos ! Caminheiros somos e pelo mesmo caminho andamos... Agora, a cirurgia de alma, essa é dificil e complicada, eu sinto tanto por aqueles que desistem por tão pouco mas, o que é o tão pouco ou o tão muito? Pra mim, o tão pouco é ver jovens infelizes por fazerem da vida uma ficção, ver um adulto infeliz por atribuir ao outro a obrigação, o fardo de nos fazer feliz. Desistir ! Esta certo que a dor tem varias formas, caras e bocas e, o que dói para um não dó para outro , mas elas são acentuadas pelo corpo em que as habitam. Tenho 85 anos, minha pele já não é tão bela e nem tão firme, meus cabelos estão brancos, meus ossos ja não são governados pelo meu cérebro e meus orgãos parecem que tem vida própria rs. Eu ja fui heroína do meu filme, esse corpo em que moro agora, ja correu, andou, amou, lutou, brigou, sentiu... e tambem já pariu. Ah, esse corpo ja trabalhou tanto !!!! Mas agora é uma nova fase, continuo linda e acima de tudo fantástica na minha idade, minha briga é outra, é lutar pela não independência dos meus orgãos, eles tem que continuar dependendo de mim mesma, pq afinal, somos uma equipe interna rsrsrs. Pra vcs que pensam em desistir da vida, saibam que não vamos escapar dela, tudo a seu tempo e hora, pois temos um encontro com o outro mundo. Eu vivi, vivo , estou viva e viverei, dentro de cada filho, neto, bisneto e toda a minha geração e, se vc não tem porque e nem por quem viver, vivam por vcs mesmos, não permitam que seus orgãos criem vida propria, lutem pelos seus internos, porque dor física ninguem merece, dor de alma, muito menos. Eu acredito na vida, eu amo a vida e amo viver, mesmo com a magia dos meus 85 anos de vida, tenho muito ainda para aprender.....

AUTORA:Maria Ede Amêndola Palma



UM GUARDIÃO


Guardião, tu és o elemento protetor Aquele que guarda e zela, Sela o Círculo Sagrado. Nada de ruim adentra, Boas energias são focalizadas, És a luz do amor e da autoridade, Protege tua Sacerdotisa e todas do seu Tempo, és filho da luz e da Deusa , Que sagram os quatro elementos E juntos formam o quinto. A espada que corta também sela, Mas dela não provém o poder ; Os maus padecem ante tua presença; Protegido pelas sagradas hostes das quatro torres Tu és filho e parte da natureza, Representante e protegido dos elementais. Que o fogo arda e te faça forte, Que a terra trema e te traga energia, Que a água escorra e te faça límpido, E que o ar sublime que tu cortas com a espada Dê-te a visão e o poder . Tu és apenas um humilde representante Do poder do Pai-Mãe de todas as coisas; Que sejas abençoado pela presença dos Deuses. E que com eles aprendas a ser forte, Pare zelar por sua Sacerdotisa e pelos teus irmãos e irmãs do Templo. Que assim seja!

Autor: Dúnedain

domingo, 26 de janeiro de 2014

SABEDORIAS DA VELHA RELIGIÃO CELTA


HONRA
Ser honrado é cumprir com a verdade e com isso manifestar a justiça que é igualitária para todos,honra é poder dar aos outros a certeza da palavra a ser cumprida,sem precisar na letra ou escrita dar o voto de confiança,pois nem sempre o que está escrito é o certo,são as palavras manifestas nos dons acima que fazem esse dom ser forte e certo. Honrar é saber reconhecer valor,é ter respeito com extrema devoção aos Deuses,pessoas e 
seres em geral,ao meio que vivemos e o povo celta tinha essa plenitude..


LEALDADE
Ser leal é complementar o dom da honra é guardar segredos, mas saber também quando um segredo pode e deve ser guardado.É ser diante da maior dor honesto consigo mesmo e com os ANAM CARAS (amigos de alma) ,com os que também não são ,com todos os seres.

Ser leal com sua fé,seus designios,seus desejos, sua 
tribo,clã,tuath,meio, Deuses e tudo aquilo que entrelaçado com os dons acima o tornam uma alma realmente celta (falo no caso as almas celtas,mas poderiam ser hindus,assutras,romenas,etc)


A fé é a capacidade de entregarmos certos os designios de nossa alma na jornada incerta onde encontraremos "inimigos" sob variadas máscaras e dentre esses os falsos amigos são os que são mais perigosos... Esses vivem debaixo de nossas colinas,alimentam-se do mesmo mel,aveia e bebem do seu hidromel...

é preciso muito desse dom nos dias de hoje,outrora de forma diferente,o mundo humano sempre se deixou desgovernar,os homens perderam a conexão certa com o triskles que é a espiral triplice que representa o que somos ,os elos Deuses, feéricos e Ancestrais (humanos) e é necessário que todos os dons citados sejam entrelaçados para que na diversidade dos dons a vida em seus variados tons seja benção plena...


CORAGEM

A coragem não é simplesmente matar inimigos ou conquistar pela força ignorante terras e bens,ela foi como pedra bruta nos tempos celtas e os ancestrais cortavam cabeças e as penduravam em frente de suas casas como troféus,mas hoje a alma celta se desenvolveu e sabe que a coragem real é a de exercitar com plenitude todos os dons acima citados... é saber dividir,não pilhar,é 

satisfazer-se com o progresso dos que estão ao redor... mas também é saber de forma inteligente vencer os que nos prejudicam sem com isso destruir,mas se preciso for que seja,mas de forma que isso seja a última alternativa. Hoje mais do que nunca precisamos desse dom,pois os homens aparentemente são civilizados,por dentro a grande parte continua primitiva e porque não dizer pior que os selvagens da antiguidade como muitos hoje pretensiosamente classificam.


SABEDORIA

A sabedoria é um dom amplo pois vai além da inteligência, do conhecimento que hoje é classificado de variadas formas,acadêmico,analítico etc... diria que a sabedoria é a alma da inteligência e como alma é infinita e ampla e não deve se limitar na forma,como nós que somos almas em especial celta não devemos nos limitar no nosso corpo,nem no corpo da terra que também é alma e tem seu corpo. Saber isso é importante pois quando nos conduzimos pela sabedoria os termos e títulos ilusórios são vistos como realmente são,elementos passageiros que nem sempre 
são importantes a não ser para os que não entenderam os dons acima descritos. Sabedoria não se engrandece,ela flui como fonte pura saciando a sede de quem tem essa necessidade para satisfazer com equilíbrio.


AMOR

O amor gera o dom romantico,verdade plena que os celtas antigos não podiam manifestar tal qual se faz hoje;essa graça tão plenamente graciosa pois viviam em um tempo onde esse dom era ainda bruto,mas tudo se desenvolve e hoje os descendentes diretos e indiretos desses povos o desenvolveram e que graça é esse dom lapidado pelo ser céltico! O amor ao ser amado ,Mochara... Aquele ou aquela que nos dá prazer a partir da alma e que no dia a dia nos complementa,nos dá graça nos variados niveis e é no ato final desse encontro o sexo que se complementa essa verdade e o circulo se faz completo.

Posso encaixar aqui o amor aos Anam caras,pois é uma relação complementar também,onde o carinho,preocupação aos seres queridos e similares se faz grandioso... Quantas vezes me vejo pensando em meus anam caras,sem precisar ter deles esse sentir, mas sabendo que os realmente charas também são recíprocos ao meu sentir de alma...


MAGIA

O dom da magia é um dom cobiçado! nos dias de hoje vemos as pessoas se classificarem de variadas forma,mas a magia é algo que está pra todos e não está para os que não sentem e manifestam os dons acima. Magia é ver sem revelar é revelar sem pronunciar uma só palavra. é permitir as pessoas refletirem por elas mesmas e direcionar levemente como um vento invisivel e suave.

Magia é sim agir no sobrenatural dos Deuses sendo conduzidos por eles, é ser misterioso como são os feéricos em seu reino intermediário e supranatural e assim na graça do reino natural ter o triskles,a espiral triplice girando em plena harmonia de forma concêntrica,mas sem misturas cada espiral ao mesmo tempo que elas estão unidas pelo grande dom do carvalho central...


VERDADE
A capacidade de ser em tudo e em todo o meu ser eu mesmo,procurar sempre sentir e ser para com as pessoas e o meio ao meu redor o que realmente sou e quando não sou o que gostaria transformar pelo dom real e de discernimento mágico meu ser e vida,mas para meu 
bem estar primeiro e depois por consequências pelas pessoas; muitos vivem tentando ser para os outros e nisso a mentira se torna atalho incerto que só leva a ruína e não a novos horizontes...


JUSTIÇA

A capacidade de apenas indicar,jamais julgar no sentido de dono da verdade absoluta,procurar apenas exemplificar como agora sem apontar o dedo a alguém,pois quando falamos pelo dom da justiça ela por si como luz ilumina os pontos mais obscuros do ser, pois existem momentos de luz e de sombras,não existe sombra má ou luz boa,mas momentos que devem ser ciclicos,assim é a verdade 
que as almas celtas aprenderam e vivenciam ,eis o sentido do tríplice ser sagrado...
Justiça é ser orientado pela verdade e por ela em prática.





FONTE: GOOGLE

sábado, 25 de janeiro de 2014

ANTIGA BENÇÃO CELTA!



Que o caminho venha ao teu encontro.

Que o vento sempre sopre às tuas costas 
e a chuva caia suave sobre teus campos.
E até que voltemos a nos encontrar,
que a Deusa te sustente suavemente na palma de sua mão. 

Que vivas todo o tempo que quiseres
e que sempre possas viver plenamente.

Lembra sempre de esquecer as coisas que te entristeceram,
porém nunca esqueças de lembrar aquelas que te alegraram.

Lembra sempre de esquecer os amigos que se revelaram falsos, 
porém nunca esqueças de lembrar aqueles que permaneceram fiéis

Lembra sempre de esquecer os problemas que já passaram,
porém nunca esqueças de lembrar as bênçãos de cada dia. 

Que o dia mais triste de teu futuro 
não seja pior que o dia mais feliz de teu passado.

Que o teto nunca caia sobre ti
e que os amigos reunidos debaixo dele nunca partam.

Que sempre tenhas palavras cálidas em um anoitecer frio, 
uma lua cheia em uma noite escura,
e que o caminho sempre se abra à tua porta

Que vivas cem anos, com um ano extra para arrepender-te.

Que a Senhora te guarde em sua mão, e não aperte muito seus dedos.

Que teus vizinhos te respeitem, os problemas te abandonem,
os anjos te protejam, e o céu te acolha.
E que a sorte das colinas Celtas te abrace. 

Que as bênçãos da Deusa Mãe te contemplem.

Que teus bolsos estejam pesados e teu coração leve.

Que a boa sorte te persiga, e a cada dia e cada noite tenhas muros contra o vento,
um teto para a chuva, bebidas junto ao fogo,
risadas que consolem aqueles a quem amas,
e que teu coração se preencha com tudo o que desejas.

Que a Deusa esteja contigo e te abençoe,
que vejas os filhos de teus filhos,
que o infortúnio te seja breve e te deixe rico de bênçãos.

Que não conheças nada além da felicidade, deste dia em diante.

Que a Deusa te conceda muitos anos de vida;
com certeza Ela sabe que a terra não tem anjos suficientes…
...e assim seja a cada ano, para sempre!


FONTE: DESCONHEÇO O AUTOR

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

EU, VOCÊ, NÓS E A NOSSA VELHA RELIGIÃO


Nada lhe posso dar que já não existam em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma.
Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo.
(HERMANN HESSE)



A Antiga Arte retira os seus ensinamentos da natureza e inspira-se nos movimentos do Sol, da Lua e das estrelas, no vôo dos pássaros, no lento crescimento das arvores e nos ciclos das estações.

Os que seguem a Religião da Deusa sabem que é Ela a responsável por tudo o que existe. A Deusa não governa o mundo de um lugar distante e transcendental. Ela é o mundo, Ela está no mundo. Ela é tudo que existe, existiu e existirá. Ela está dentro e fora. Ela permeia tudo e todos.

As bruxas se encontram em assembleias, conduzidas por sacerdotisas. Adoram duas divindades, o Deus e a Grande Deusa tríplice da fertilidade e do renascimento. Elas formam um círculo produzindo energia com seus corpos através da dança, do canto e de técnicas de meditação. Concentram-se basicamente na Deusa. Nós celebramos 8 Sabás que são dias sagrados ou feriados, com base na roda do ano. Os ciclos das estações, no sol e na lua, que constituem o ciclo de nascimento, vida, morte e renascimento. Eles são símbolos das mudanças e crescimento espiritual que ocorre durante toda nossa vida.



A Arte das Bruxas como era feita antes é chamada de Bruxaria Tradicional, ainda remanescendo até os dias atuais em grupos seletos.

Talvez devido aos séculos de perseguição, uma área profundamente desenvolvida dentro da Velha Religião é a ética. E estas "bruxas iniciadas" que estão aparecendo por aí, aos milhares, parecem ignorar completamente a ética da Bruxaria.

Talvez pareça que somos muito duros e implacável com estas pessoas que nada entende desta religião e se faz parecer uma bruxa, um bruxo, uma sacerdotisa e um guardião. Mas o que acontece é que, por causa delas, o estereótipo da bruxa irresponsável e sem escrúpulos continua a ser fortalecido. Enquanto nós, Bruxas, temos lutado - e muito - para desfazer esta imagem negativa, estas pessoas disseminam exatamente o conceito que nós queremos desfazer.

"A Deusa diz: “Viva com amor, felicidade, paz e riqueza, respeitando e honrando as forças da vida existentes no seu interior, em todos e em tudo ao seu redor."



A Velha Religião não é um instrumento para alimentar o ego de ninguém. Não é um instrumento para obter "poder sobre" ninguém. Nós jamais usamos magia manipulativa, que possa interferir no livre-arbítrio de terceiros.

A Lei Tríplice é a única lei usada na Religião Antiga, que dita: "Tudo o que fizeres voltará em triplo para ti", sendo aplicado tanto na própria execução da mesma, quanto nos aspectos gerais da vida. Normalmente, a bruxa usa esta regra no dia-a-dia, associando-a a um meio de vida.

Uma Bruxa (o) tendo em mente a Lei Tríplice, o tem consciência dos seus atos para não praticar algo prejudicial à outra pessoa ou ambiente, pois esta sabe que receberá, a consequência de seus atos triplicado. A Lei Tríplice é a "lei da magia" mais famosa que existe da Velha Religião, esta "limita" os praticantes de cometerem atos ilícitos a si e aos outros.

A Velha Religião mostra claramente que todos nós somos capazes de cultivar nossos próprios pensamentos da mesma forma que cultivamos uma plantação.

Semear, plantar e colher são um dos mais simples e profundos ensinamentos da Velha Rligiõ sobre a prosperidade. Pois o Sucesso é o resultado de uma boa colheita. E nenhuma colheita surge do nada, todas elas precisam ser plantadas e cultivadas para somente depois serem colhidas.



Abençoado seja o Filho da Luz que conhece sua Mãe Terra, pois é ela a doadora da vida. Saibas que a tua Mãe Terra está em ti e tu estás Nela. Foi Ela quem te gerou e que te deu a vida. E te deu este corpo que um dia tu lhe devolvas. Saibas que o sangue que corre nas tuas veias.

Nasceu do sangue da tua Mãe Terra, o sangue Dela cai das nuvens, jorra do ventre Dela borbulha nos riachos das montanhas
flui abundantemente nos rios das planícies. Saibas que o ar que respiras nasce da respiração da tua Mãe Terra, o alento Dela é o azul celeste das alturas do céu e os sussurros das folhas da floresta.

Saibas que a dureza dos teus ossos foi criada dos ossos de tua Mãe Terra. Saibas que a maciez da tua carne nasceu da carne de tua Mãe Terra. A luz dos teus olhos, o alcance dos teus ouvidos nasceram das cores e dos sons da tua Mãe Terra que te rodeiam feito às ondas do mar cercando o peixinho. Como o ar tremelicante sustenta o pássaro em verdade te digo, tu és um com tua Mãe Terra ela está em ti e tu estás Nela.

Dela tu nasceste, Nela tu vives e para Ela voltará novamente.
Segue, portanto, as Suas leis pois teu alento é o alento Dela. 


Selma - 3fasesdalua


EU, VOCÊ, NÓS E A NOSSA VELHA RELIGIÃO


Nada lhe posso dar que já não existam em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma.
Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo.
(HERMANN HESSE)



A Antiga Arte retira os seus ensinamentos da natureza e inspira-se nos movimentos do Sol, da Lua e das estrelas, no vôo dos pássaros, no lento crescimento das arvores e nos ciclos das estações.

Os que seguem a Religião da Deusa sabem que é Ela a responsável por tudo o que existe. A Deusa não governa o mundo de um lugar distante e transcendental. Ela é o mundo, Ela está no mundo. Ela é tudo que existe, existiu e existirá. Ela está dentro e fora. Ela permeia tudo e todos.

As bruxas se encontram em assembleias, conduzidas por sacerdotisas. Adoram duas divindades, o Deus e a Grande Deusa tríplice da fertilidade e do renascimento. Elas formam um círculo produzindo energia com seus corpos através da dança, do canto e de técnicas de meditação. Concentram-se basicamente na Deusa. Nós celebramos 8 Sabás que são dias sagrados ou feriados, com base na roda do ano. Os ciclos das estações, no sol e na lua, que constituem o ciclo de nascimento, vida, morte e renascimento. Eles são símbolos das mudanças e crescimento espiritual que ocorre durante toda nossa vida.



A Arte das Bruxas como era feita antes é chamada de Bruxaria Tradicional, ainda remanescendo até os dias atuais em grupos seletos.

Talvez devido aos séculos de perseguição, uma área profundamente desenvolvida dentro da Velha Religião é a ética. E estas "bruxas iniciadas" que estão aparecendo por aí, aos milhares, parecem ignorar completamente a ética da Bruxaria.

Talvez pareça que somos muito duros e implacável com estas pessoas que nada entende desta religião e se faz parecer uma bruxa, um bruxo, uma sacerdotisa e um guardião. Mas o que acontece é que, por causa delas, o estereótipo da bruxa irresponsável e sem escrúpulos continua a ser fortalecido. Enquanto nós, Bruxas, temos lutado - e muito - para desfazer esta imagem negativa, estas pessoas disseminam exatamente o conceito que nós queremos desfazer.

"A Deusa diz: “Viva com amor, felicidade, paz e riqueza, respeitando e honrando as forças da vida existentes no seu interior, em todos e em tudo ao seu redor."



A Velha Religião não é um instrumento para alimentar o ego de ninguém. Não é um instrumento para obter "poder sobre" ninguém. Nós jamais usamos magia manipulativa, que possa interferir no livre-arbítrio de terceiros.

A Lei Tríplice é a única lei usada na Religião Antiga, que dita: "Tudo o que fizeres voltará em triplo para ti", sendo aplicado tanto na própria execução da mesma, quanto nos aspectos gerais da vida. Normalmente, a bruxa usa esta regra no dia-a-dia, associando-a a um meio de vida.

Uma Bruxa (o) tendo em mente a Lei Tríplice, o tem consciência dos seus atos para não praticar algo prejudicial à outra pessoa ou ambiente, pois esta sabe que receberá, a consequência de seus atos triplicado. A Lei Tríplice é a "lei da magia" mais famosa que existe da Velha Religião, esta "limita" os praticantes de cometerem atos ilícitos a si e aos outros.

A Velha Religião mostra claramente que todos nós somos capazes de cultivar nossos próprios pensamentos da mesma forma que cultivamos uma plantação.

Semear, plantar e colher são um dos mais simples e profundos ensinamentos da Velha Rligiõ sobre a prosperidade. Pois o Sucesso é o resultado de uma boa colheita. E nenhuma colheita surge do nada, todas elas precisam ser plantadas e cultivadas para somente depois serem colhidas.



Abençoado seja o Filho da Luz que conhece sua Mãe Terra, pois é ela a doadora da vida. Saibas que a tua Mãe Terra está em ti e tu estás Nela. Foi Ela quem te gerou e que te deu a vida. E te deu este corpo que um dia tu lhe devolvas. Saibas que o sangue que corre nas tuas veias.

Nasceu do sangue da tua Mãe Terra, o sangue Dela cai das nuvens, jorra do ventre Dela borbulha nos riachos das montanhas
flui abundantemente nos rios das planícies. Saibas que o ar que respiras nasce da respiração da tua Mãe Terra, o alento Dela é o azul celeste das alturas do céu e os sussurros das folhas da floresta.

Saibas que a dureza dos teus ossos foi criada dos ossos de tua Mãe Terra. Saibas que a maciez da tua carne nasceu da carne de tua Mãe Terra. A luz dos teus olhos, o alcance dos teus ouvidos nasceram das cores e dos sons da tua Mãe Terra que te rodeiam feito às ondas do mar cercando o peixinho. Como o ar tremelicante sustenta o pássaro em verdade te digo, tu és um com tua Mãe Terra ela está em ti e tu estás Nela.

Dela tu nasceste, Nela tu vives e para Ela voltará novamente.
Segue, portanto, as Suas leis pois teu alento é o alento Dela. 


Selma - 3fasesdalua


A MULHER DE ESCORPIÃO - COMPARTILHANDO


A mulher de Escorpião tem uma beleza profunda e misteriosa, e seus olhos penetrantes podem enfeitiçar um homem sem que ele se dę conta do aconteceu.

Antes que possa pensar, estará completamente enfeitiçado e entregue ao amor da escorpiana. Ao contrário da mulher de Áries, muito independente, a de Escorpião magnetiza o homem com o poder de seu olhar enquanto ele se aproxima para acender seu cigarro com o isqueiro. Mas, enquanto este seu olhar serve para enfeitiçar, ele também serve para descobrir os maiores segredos que se escondem dentro das pessoas. E não pense que é fácil enganá-la quando deseja descobrir o que se esconde por trás de um elogio que acabou de fazer. Ela vai dirigir-lhe um olhar penetrante que vai atravessá-lo em busca de suas verdadeiras intenções.

1 - A escorpiana é vaidosa por natureza, e adora exibir-se, mostrar toda sua beleza.
Ela pode ser manhosa como uma gatinha e parecer carente e fragilizada, mas năo se deixe enganar. Não existe fúria igual a da escorpiana quando perde o controle das emoções que queimam dentro dela como um vulcão. Ela não é do tipo de mulher que conhece limites quando é tirada do sério. Ela adora parecer uma princesa de contos de fada, uma deusa maravilhosa e ultra-feminina, e fazer com que ela abandone este papel pode ser muito arriscado.
Ela é capaz de odiar amargamente e de amar com tamanha dedicação.
Para ela não existe o meio termo: ou adora ou odeia! Se algo não for capaz de despertar nenhum destes sentimentos, então ela ignora totalmente.

2 - A mulher de Escorpião pode afogá-lo em sua paixão pela a vida.
Talvez seja difícil convencer as pessoas de que sua amada de escorpião, aquela mulher tranqüila, simpática e calma, tenha quebrado todo o apartamento em um acesso de fúria por ter "desconfiado" que você tem um caso com outra mulher. Talvez as pessoas olhem para você como um mentiroso sem escrúpulos: "Não tem vergonha de acusar esta moça tão tranqüila e encantadora!?"

3 - A escorpiana é extremamente desconfiada mesmo quando não há o que suspeitar.
Por isso é bom não deixar nenhuma pista de infidelidade para não despertar sua ira! Esta mulher pode esquecer facilmente tudo que fizeram de bom para ela, mas não esquece um único mal que tenha recebido. Tem duas formas dela agir: a primeira é simplesmente ignorando as pessoas, mas desejando que quebrem o pescoço na escada do prédio. A outra maneira, que é mais comum, será através do veneno do seu ódio e de sua sede de vingança! Cuidado quando estacionar seu carro em uma rua deserta para não encontra-lo todo riscado e com os vidros quebrados!
Ela é extremamente ciumenta e possessiva, mas não quer que a controlem.
Outro traço ruim em sua personalidade é que muitas se recusam em aceitar qualquer outro ponto de vista que não os seus quando envolvem emoções. Outra coisa que ela gosta de fazer é dar a ultima palavra. Se você, por raiva, deixar de dar-lhe um beijo de despedida, ela pode se recusar a beija-lo durante semanas, até pedir perdão. Se contar uma mentira, ela contará duas, e por aí vai. Humildade é algo muito raro de encontra na escorpiana quando o assunto é mostrar quem manda mais no relacionamento. No entanto, é capaz de perdoar uma ofensa se souber que não foi intencional.
O senso de justiça da escorpiana é tão forte quanto seu senso de vingança, e poucas pessoas se lembram disto. Ela se lembrará de todos os amigos e será muito generosa com eles, e com todos que ama. Todos os escorpianos (homens e mulheres) são muito fiéis e devotados no que diz respeito às amizades. Os amigos que são merecedores de seu afeto sempre estarão por perto, onde possa alcançá-los quando a saudade apertar ou quando precisar de alguém para acalmar suas inquietações.


4 - A mulher de escorpião adora o poder, e por ele pode fazer muitos sacrifícios.
Por outro lado, desprezam todo tipo de fraqueza, e não se sentem bem com pessoas que não julgam merecedoras de sua atenção. Em um homem, ela procura força determinação e coragem capaz de dominá-la e faze-la orgulhosa. Ele tem que ser bem masculino, vestir-se bem e ser mais bonito que a média dos homens. Tudo para deixá-la radiante com os olhares de inveja das pobres mortais que vivem por perto.

5 - Ela é uma mulher que sente um prazer grandioso em causar inveja, e faz tudo para sentir-se superior diante das outras mulheres.
É bem comum ela sentir um certo desprezo por outras mulheres. Principalmente àquelas que não sabem se impor como mulher, tornando-se desajeitadas no papel de esposas ou namoradas. Na verdade a escorpiana parece se alimentar do ódio que algumas mulheres sentem por elas. É uma espécie de soro para a juventude que melhora muito seu humor.
Quando esta mulher está apaixonada, a força de seu amor e o calor de sua paixão pode ser tão forte que um homem menos avisado pode achar que é Deus. Esta mulher fará de tudo para que o amor entre eles aumente cada dia, e não medirá esforços para fazê-lo feliz. A sua maneira ela será romântica, oras portando-se como uma menininha manhosa, oras como uma mulher fatal. Quando ela resolve que encontrou a pessoa certa, não pensa duas vezes em entregar seu coração. Ela sonhará com o amado, fará planos para o futuro e ocupará a maior parte do tempo falando sobre suas qualidades, com as amigas. Ao conquistá-la, saiba que terá tudo: seu amor, dedicação e fidelidade irrestrita.

Fonte: Anônimo

Medéia, um complexo destrutivo


Medéia era uma famosa feiticeira, filha do rei Aetes da Cólquida que, por medo dos encantamentos de Medéia, a encerrou no cárcere. No entanto, usando suas magias ela conseguiu fugir e se refugiou no templo de Helius. Quando Jasão foi à Colquida buscar o velocino de ouro que era protegido por dragões, Medéia que era hábil nas artes mágicas, ajudou Jasão a recuperar o velocino de ouro dando-lhe um óleo que tornava invulnerável seu corpo ao fogo e ao ferro durante um dia.

Jasão dependia do velocino para recuperar o trono que lhe pertencia por direito. Apaixonada por Jasão, Medéia o auxiliou na fuga raptando o próprio irmão, o príncipe Absirto herdeiro do trono. Em fuga pelo mar e perseguidos pela esquadra do rei, Medéia esquartejou o próprio irmão lançando seus pedaços ao mar para salvar Jasão e os Argonautas. Enquanto o rei de Cólquida recolhia os pedaços do seu filho, a nau Argos fugiu.

Durante a longa viagem de volta Jasão teve 2 filhos com Medéia. Quando retornaram, mesmo trazendo o velocino de ouro Pélias se recusou a entregar o trono. Assim Medéia tramou matar Pélias, convencendo às filhas dele para esquartejá-lo e colocá-lo num caldeirão e assim ele rejuvenesceria. Mas quando finalmente Jasão tomou posse do trono, ele se apaixonou por outra mulher. Repudiada e cheia de ódio, Medéiaenviou um vestido mágico para a amante de Jasão, cujo tecido impregnado de veneno matou a amante de Jasão. Além disso, em sua vingança, envenenou os filhos da amante e lançou sobre Jasão uma terrível maldição, de que morreria de forma violenta.

Jasão foi considerado indigno de ocupar o trono e foi deposto pelo povo. As filhas de Pélias, orientadas por Medéia, ressuscitaram o pai que reassumiu o trono. Mas a profecia de Medeia se cumpriria: quando Jasão inspecionava as obras de manutenção em sua nave Argo, morreu sob o peso de uma viga de madeira que despencou de um mastro e esmagou sua cabeça.

Chegando em Atenas, Medéia casou com o rei Egeu e dessa união nasceu o filho Medo. Egeu era pai de Teseu mas não conhecia o filho. Quando Teseu chegou em Atenas, Medéia tentou envenená-lo, mas Egeu descobriu a trama e impediu que ofilho fosse assassinado. Medéia foi expulsa do seu reino e nada mais lhe restava senão retornar para Cólquida. Quando Medéia descobriu que seu pai havia sido deposto do reino e morto por seu tio Perses, Medeia e Medo expulsaram Perses. Recuperando o trono, Medo se tornou rei.

O mito de Medéia apresenta o retrato psicológico de uma mulher carregada de amor e ódio a um só tempo. Ela é apresentada como um tipo de personagem na tragédia grega como esposa repudiada, abandonada e estrangeira perseguida. Ela se rebela contra o mundo que a rodeia, rejeitando o conformismo tradicional e tomada de fúria terrível, ela assume a vingança como meta para automodificar-se e usa seu poder de persuasão e suas palavras como armas.

A juventude impetuosa de Jasão o fazia aceitar todas as missões consideradas difíceis, ou seja, ele se sentia atraido pelos desafios e obstáculos, dando mais valor às impossibilidades de suas aventuras. Medéia, apresentada como feiticeira, muitas vezes ligada à deusa Hécate - deusa da bruxaria, na verdade simboliza a mulher jovem que, apesar da juventude, já dominou seus impulsos e aprendeu a dominar a arte de viver e resolver problemas, mesmo aqueles dificeis.

Vista como uma das figuras femininas mais impressionantes da dramaturgia universal, Medéia narra o drama da mulher que deixa tudo: sua pátria, sua família e seus sonhos para seguir ao lado de um grande amor. Jasão era o seu objeto amado e de sua extrema dedicação. Ela era capaz de qualquer atitude para atender os interesses e caprichos do seu amado.

Com sua maturidade, ao facilitar os caminhos e resolver todos os problemas de Jasão, Medéia foi abandonada, pois Jasão não encontrava mais desafios e aventuras. Medéia tinha todas as respostas, mas Jasão já não encontrava desafios a vencer. Jasão vivia ansioso pelas aventuras e Medéia lhe oferecia a estabilidade de um trono onde ele já não encontrava estímulos variados. De fato, Medeia tivera sido apenas parte de suas aventuras. Inconformada, Medeia quis vingar-se.

Em alguns casos, mães que não se recuperam dos efeitos da gravidez podem sofrer de algum transtorno mental que a leva a maltratar seu filho recem-nascido. Em outros casos, são os filhos ilegítimos indesejados que se tornam vítimas decrueldade. Há ainda outro fato cruel, é aquele em que o ódio é deslocado para as crianças como forma de retaliação. Essas crueldades são denominadas como Complexo de Medeia.

Não são raros os casos daqueles que para vingar-se, maltratam seus próprios filhos ou os enteados como uma forma de provocar uma imensa dor em quem o rejeitou. O Complexo de Medéia é encontrado tanto nos filmes como na vida real, no qual aquele que foi rejeitado direciona sua atenção furiosa para a nova parceira ou novo parceiro do seu ex-amor como também às crianças envolvidas na trama. A história do relacionamento dos pais tende a revelar um ambiente hostil, cheio de conflitos, com atos violentos de um ou ambos, sendo uma das principais motivações para os conflitos e o assassinato, o ciúme e suspeitas de infidelidade.

A retaliação por parte dos homens parece ser uma extensão natural de seu poder e controle sobre a família e o relacionamento sexual. Quando a mulher abandona o homem para iniciar ou não outro relacionamento, ele percebe isso como um desafio à sua autoridade e masculinidade. Os homens são muito mais propensos à retaliação do que as mulheres. Além disso, os homens apresentam maior probabilidade de causar injúrias mais sérias. As mulheres apresentam comportamento retaliador devido ao ressentimento, pela falta de poder no relacionamento.

Quando acontecem os divórcios, alguns pais ou mães iniciam um processo de destruição do ex-parceiro ou parceira. Sofrendo de uma espécie de Complexo de Medéia, para fazer o outro sofrer, passam a matar emocionalmente epsicologicamente os filhos. Assim, dificultam o relacionamento entre o pai ou a mãe com os filhos, interferem, mentem, escondem, manipulam até à exaustão as mentes e emoções dos filhos e ainda se fazem de vítimas. O fato é que tais atitudes interferem negativamente no desenvolvimento da criança mas isso não parece fazer parte das preocupações dos modernos pais e mães Medéias.

Uma mãe que põe as suas crianças contra o pai delas ou o pai que as coloca contra a mãe, provavelmente terá, pelo menos, comportamentos paranóicos de uma estrutura de personalidade psicótica ou borderline. Por não conseguir lidar com a perda, permanece com uma ligação ao ex-marido ou ex-esposa num íntimosentimento de ódio e mantém as crianças amarradas por um profundo sentimento de lealdade consigo.

Parceiros e parceiras rejeitados podem usar os filhos para despertar compaixão ou usá-los como mini-espiões para lhes relatar a nova vida do ex-marido ou da ex-esposa. Para alimentar o ódio que sente, usam os filhos como fantoches e incitam os filhos a despertar ciúmes. Os filhos se tornam extensão de seus tentáculos e podem até mesmo usá-los para atrapalhar o novo relacionamento, usando o filho como um gancho para manter uma ligação com a família do ex-parceiro ou parceira, impondo sua presença em qualquer esfera onde possa penetrar. Expor os filhos a tamanhacarga psicológica e desgaste pode causar grande desorientação nas crianças.

Outro aspecto do mito que realmente é bastante típico dos casos reais é a história de abuso físico e emocional no relacionamento: a violência doméstica que não se restringe apenas às agressões físicas, mas principalmente às atitudes de humilhação que um cônjuge submete o outro. Em muitos casos, as mulheres submetidas à violência doméstica preferem o silêncio do que enfrentar o homem por meio de ações judicais esperando que a situação algum dia se amenize. Na maioria dos casos, é apenas uma perversa ilusão.

No mundo atual, muitas pessoas vivem relações irreais e seguem iludidas. A longo prazo poderão descobrir que mais vale uma triste certeza do que uma prazerosa ilusão, pois, diante de uma certeza, toma-se decisões de mudanças; diante de uma prazerosa ilusão, segue-se perseguindo uma utopia...


FONTE:  EVENTOS DE MITOLOGIA GREGA


O VELOCINO DE OURO - REINO DA BEÓCIA


CARNEIRO( chamado Crisômalo – tinha o pelego de ouro e trazia fartura à terra)

Atamante, rei da Beócia, renega a rainha Nefele, sua mãe, provocando a desgraça da Beócia, fazendo sua terra ficar infértil. Ino, a amante, sugere a Atamante que sacrifique seus filhos Frixo e Hele a Zeus para que a terra volte a frutificar. 


Néfele, para salvar seus filhos, pede ajuda a Netuno (Poseidon – deus dos mares) que lhe entrega um carneiro voador com o pelo de ouro (velocino ou tosão), fruto da união de Netuno e Teófana. 


Embarcados nas costas do carneiro os dois irmãos empreendem um vôo até a Cólquida (fim do mundo, atual Geórgia), para a corte do rei Eestes. Nessa viagem, no estreito canal que separa a Europa da Ásia, Hele caiu das costas do carneiro e precipitou-se no mar, na região que leva o seu nome – Helesponto. Chegando à Cólquida, Frixo sacrifica o carneiro 

Orcomenos a Zeus e entrega ao rei Eestes o pelego (o velocino de ouro). Eestes dedicou o velocino, também conhecido como tosão de ouro, à deusa Ares (divindade da guerra) e o depositou num bosque sagrado ao deus da guerra, sendo guardado por uma temível serpente. 

Pélias, meio-irmão de Éson, é rei usurpador do Iolco, até Jasão completar 21 anos. Jasão é filho de Éson, rei legítimo de Iolco. Pélias pede a Jasão um feito considerado impossível: buscar o velocino de ouro. 

Argo, amigo de Jasão, construtor de navios, constrói o navio denominado Argo, no porto de Pagasse, na Tessália. Os seus tripulantes então serão chamados de argonautas.



JASÃO, MEDÉIA E O VELOCINO DE OURO

Jasão, ainda bebê, é recolhido pelos deuses e levado ao Olimpo, onde é educado pelo centauro Quíron junto a outros heróis. O Velocino de Ouro pertencia originalmente ao carneiro que tinha salvo os filhos de Atamante, Frixo e Hele, de serem sacrificados a Zeus sob as ordens de sua malvada madrasta Ino. 


De acordo com a lenda, o carneiro pegou as crianças em sua casa em Orcomenos e então voou para leste, com elas montadas em suas costas. Ao cruzarem o estreito canal que separa a Europa da Ásia, Hele caiu das costas do carneiro, dando seu nome ao mar abaixo, o Helesponto. Mas Frixo continuou o vôo até o Mar Negro, até que o carneiro desceu em Cólquida, na corte do rei Eestes. 

Eestes recebeu Frixo de maneira gentil, e, quando o menino sacrificou o carneiro a Zeus, entregou o maravilhoso velocino ao rei. Eestes dedicou o velocino a Ares e o depositou num bosque sagrado ao deus da guerra, sendo guardado por uma temível serpente. Por que Jasão queria o Velocino de Ouro? Não era para apenas possuí-lo; assim como outros heróis, foi mandado a tentar o que se achava ser um feito impossível, para satisfazer as ordens de um feitor de coração empedernido, neste caso, Pélias, rei do Iolco. Jasão era filho de Éson, o legítimo rei de Iolco; Pélias era meio-irmão de Éson, e em algumas versões da estória Pélias deveria governar apenas até quando Jasão tivesse idade suficiente para assumir. 

Nestas circunstâncias, seria dificilmente surpreendente que, quando Jasão crescesse e exigisse sua herança de direito, Pélias o mandasse procurar e trazer o Velocino de Ouro. A busca do Velocino é a estória de viagem do Argo e as aventuras de sua tripulação, os Argonautas. A lenda é provavelmente mais antiga do que a Ilíada e a Odisséia, mas chega até nós principalmente através do poema épico muito posterior, o Argonáutica do alexandrino Apolônio de Rodes. 

Os Argonautas eram em número aproximado de cinqüenta, e, apesar das fontes diferirem com respeito a seus nomes, os principais personagens estão claros. Além do próprio Jasão, havia Argo, construtor de Argo; Tífis, o timoteiro; o músico Orfeu; Zeto e Cálais, filhos do Vento Norte; os irmãos de Helena, Cástor e Pólux; Peleu, pai de Aquiles; Meléagro da Caledônia, famoso caçador de javalis; Laerte e Autólico, pai e avô de Ulisses; Admeto, que mais tarde deixaria sua esposa morrer em seu lugar; o profeta Anfiarau e, para a primeira parte da jornada, o próprio Hércules; ao lado destes nomes famosos, havia uma hoste de outros heróis. O navio, o Argo, cujo nome significa "Rápido", era o mais veloz já construído. Ele foi construído no porto de Pagasse na Tessália, sendo feito inteiramente de madeira do Monte Pélion, com exceção da proa, que era uma parte de um carvalho sagrado trazido pela deusa Atena do santuário de Zeus em Dodona. Esta peça de carvalho era profética, e poderia falar em determinadas ocasiões. 

O Argo zarpou com augúrios favoráveis e se dirigiu ao norte, em direção ao Mar Negro. Na sua jornada para Cólquida, a sua tripulação encontrou muitas aventuras. Em Mísia perderam Aquiles, quando outro membro da tripulação, um belo jovem chamado Hilas, foi à procura de água fresca para uma festa e não voltou ao navio. As ninfas da fonte que tinha encontrado, apaixonou-se por sua beleza, o tinham seqüestrado e afogado; mas Hércules se recusou a interromper a procura, assim o Argo teve que partir sem ele. 

Na margem grega do Bósforo os Argonautas encontraram Fineu, um visionário cego e filho de Posídon, sobre quem os deuses tinham lançado uma terrível maldição. Sempre que se sentava para comer, era visitado por uma praga de Harpias, terríveis criaturas, parte mulher e parte ave, que pegavam parte do alimento com seus bicos e garras e estragavam o restante com seu excremento. Os Argonautas armaram uma armadilha para estes monstros. 

Convidaram Fineu a partilhar de sua mesa, e, quando as Harpias surgiram, os filhos alados do Vento Norte sacaram suas espadas e as perseguiram até que, exaustas, prometeram desistir. Fineu revelou-lhes, então, o tanto que sabia com relação à viagem: o perigo principal que enfrentariam seriam as rochas movediças; quando chegassem ali, deveriam enviar primeiramente uma pomba. Se a pomba encontrasse a passagem entre as rochas, então o Argo também conseguiria, mas se a pomba falhasse, deveriam desviar o barco, pois a missão estaria condenada ao fracasso. 

A pomba enviada conseguiu passar a salvo pelas rochas, deixando apenas sua pena mais longa da cauda nas rochas; o Argo também atravessou pelo estreito canal, sofrendo apenas leves estragos nos costados da popa, e sem outras aventuras significativas os Argonautas chegaram a salvo em Cólquida. 

Quando Jasão explicou a razão de sua vinda, o rei Eestes estipulou que antes que pudesse remover o Velocino de Ouro, deveria atrelar dois touros de cascos de bronze e que respiravam fogo, um presente do deus Hefesto, a um arado; a seguir deveria semear alguns dentes do dragão que Cadmo tinha morto em Tebas (Atena tinha dado estes dentes a Eestes), e quando homens armados surgissem, devia destruí-los. Jasão teve que concordar com todas estas condições, mas teve a sorte de receber a ajuda da filha do rei, Medéia, que era feiticeira. Medéia, que primeiramente fez Jasão prometer que a levaria para Iolco como sua esposa, deu-lhe uma poção mágica para passar sobre o corpo e sobre o escudo; isto o tornou invulnerável a qualquer ataque, fosse com fogo ou com ferro. Também o orientou sobre o que fazer com a safra de homens armados: deveria atirar pedras no meio deles, de modo que se atacassem entre si e não a Jasão. Assim armado e orientado, Jasão foi bem sucedido em todas as tarefas. 

E estes, de alguma forma surpreso pelas façanhas de seu hóspede, ainda estava relutante em entregar o Velocino, e tentou mesmo atear fogo no Argo e matar a tripulação. Então, enquanto Medéia dava uma droga à serpente guardiã, Jasão rapidamente removeu o Velocino de Ouro do bosque sagrado, e juntamente com o restante dos Argonautas saíram silenciosamente para o mar. Quando Eestes percebeu a ausência tanto da sua filha como do Velocino, efetuou uma perseguição em outro barco, mas mesmo isto tinha sido previsto por Medéia. Tinha trazido junto seu jovem irmão Absirto, então o matou e o cortou em pequenos pedaços, os quais jogou no mar. Como tinha antecipado, Eestes parou para recolher os pedaços, e o Argo conseguiu fugir. 

A rota da jornada de volta do Argo tem desconcertado muitos estudiosos. Ao invés de retornar através do Helesponto, Jasão deixou o Mar Negro através do Danúbio, o qual miraculosamente permitiu-lhe emergir no Adriático; não satisfeito com esta realização, o Argo continuou a velejar subindo o rio Pó e o Reno antes de alguma maneira encontrar sua rota mais familiar nas águas do Mediterrâneo. E em qualquer lugar que fossem, os Argonautas se defrontavam com fantásticas aventuras. Em Creta, por exemplo, encontraram o gigante de bronze Talo, uma criatura feita por Hefesto para atuar como uma espécie de sistema mecânico de defesa costeira para Minos, rei de Creta. Talo deveria caminhar ao redor de Creta três vezes por dia, mantendo os navios afastados, isto sendo feito com a retirada de pedaços de penhascos e atirando-os em qualquer navio que tentasse se aproximar.

Era completamente invulnerável, exceto por uma veia em seu pé; se fosse danificada, sua força vital acabaria se exaurindo. Medéia conseguiu drogá-lo para que ficasse insano e se atirasse contra as rochas, acabando por danificar a veia causando sua morte. 

Quando Jasão finalmente retornou a Iolco, casou-se com Medéia e entregou o Velocino de Ouro a Pélias. Existem várias versões sobre o que aconteceu a seguir. Uma versão de estória diz que Medéia enganou as filhas de Pélias para que matassem seu pai.

Primeiro demonstrou seus poderes de rejuvenescimento misturando várias substâncias num caldeirão com água fervente e a seguir matou e picou um velho carneiro, jogando-o no caldeirão: imediatamente um jovem carneiro emergiu. Entusiasmadas e com a melhor das intenções, as filhas de Pélias apressaram-se em cortá-lo em pedaços e jogá-lo no caldeirão; infelizmente apenas conseguiram apressar seu fim. 

Com o escândalo resultante, Jasão e Medéia fugiram para Corinto, onde viveram felizes por pelo menos dez anos e tiveram dois filhos. Porém, Jasão acabou se cansando de sua esposa e tentou deixá-la por Gláucia (Creusa), a jovem filha do rei de Corinto. Medéia, furiosa com os ciúmes, mandou um vestido de presente a Gláucia; quando o vestiu, este grudou em sua pele e a rasgou; quando seu pai tentou ajudar sua torturada filha, ficou também aprisionado e ambos acabaram morrendo num terrível sofrimento. Para punir Jasão ainda mais, Medéia matou seus próprios filhos, antes de escapar para o céu numa carruagem flamejante. Jasão acabou retornando para governar Iolco.


FONTE: MITOLOGIA GREGA

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